domingo, 13 de janeiro de 2008

Quando o vento bate gelado

Quando o vento bate gelado
Lembra do amor do passado
Que um dia foi brisa, refrescou

Quando o vento bate gelado
Não lava a alma, assopra
Resfria a cicatriz que tempo deixou

Quando o vento bate gelado
Traz à tona o momento bacana
Que um dia a maré levou

Quando o vento bate gelado
Só há uma estação do ano
Estática, fria, sem Sol

Quando o vento bate gelado
Não há nada que aqueça o coração
Nem desculpa, nem perdão

Quando o vento bate gelado
Não adianta mais fechar a porta
Invadiu corpo adentro, penetrou

Quando o vento bate gelado
Há somente a esperança
De que um dia o tempo mude.