quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sempre contigo

Por que não me abre as portas?
Prometo que descalço pra não sujar teu chão,
Que não abro tua geladeira,
Que não dou um gole da tua meia garrafa d’água,
Que disfarço quando a vontade dos beijos surgir,
Que saberei a hora certa de partir.
Melhor que isso, não prometo mais nada daqui por diante;
Nem equilíbrio, nem respiração ofegante;
Basta-me, por agora, querer ser o ar que te falta
por baixo dos escombros do teu orgulho;
Ser a injeção de ânimo
nos teus momentos de frustração;
Dar-me de corrimão pro teu vacilar;
Ser o chiado pedindo silêncio
quando o barulho da rua invadir teus momentos de calma;
Saber que um dos critérios de se estar feliz
É te fazer feliz;
Jamais quero ser o homem dos teus sonhos;
Reivindico apenas a possibilidade de sonhar contigo;
De acordar com teu grito e ser salvação das tuas trevas;
De discordar de ti para que enxergues uma segunda opinião;
Ser teu pra sermos nós;
Filtrar do revés os prós;
Ser o sopro que guia o cisco do teu passado pra longe de ti;
E viajar na suavidade dos bons ventos;
Obedecendo ao velho e bom tempo;
Sempre contigo, ao menos no pensamento.

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